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Rio de Janeiro sedia a maior retrospectiva de Hélio Oiticica

Com cerca de 90 obras, filmes, fotografias e documentos, começa neste sábado (11) a mostra "Hélio Oiticica - Museu é o Mundo" no Rio de Janeiro. Versão ampliada da realizada em março em São Paulo, a exposição exibe trabalhos de todas as fases de Hélio Oiticica (1937-1980). As obras podem ser vistas em dois espaços expositivos --Paço Imperial e Casa França-Brasil--, além das praças XV e do Lido, Aterro do Flamengo, área externa do MAM, Centro Cultural Cartola (Mangueira) e estação Central do Brasil, que concentram as peças de grandes dimensões.

Entre as novidades trazidas à capital carioca, estão quatro penetráveis que não foram exibidos em São Paulo. São eles: “PN 16” (ou “PN Nada”), concebido em 1971 para a Praça da República, em São Paulo, e que ficará na Praça XV; “Éden”, um conjunto de vários ambientes que estará na Casa França-Brasil e integrou a primeira exposição do artista em Londres, na White Chapel, em 1969; “Mesa de Bilhar - Apropriação d’après O Café Noturno de Van Gogh”, que ficará na Central do Brasil, nunca mostrada desde que foi criada, em 1966; e “Bólide Área Água”, na Praça do Lido, não exibido para o público desde que foi feito, em 1970.

a "Parangolé Noblau" (1979/1986; plástico; 274,4 x 67 cm; Cópia de exibição)

O penetrável “PN28 - Nas Quebradas”, de 1979, ficará no Centro Cultural Cartola, na Mangueira; e “A Invenção da Luz”, de 1978/80, ficará no Aterro do Flamengo. No MAM Rio, próximo à passarela de acesso, estará o penetrável “PN14 - Map”, de 1971. Já o Paço Imperial dedicará todo o primeiro andar à exposição, no qual serão vistos "Metaesquemas", "Bólides", "Parangolés", vitrines com documentos --como o Manifesto Neoconcreto-- e também filmes.

c "Penetrável PN28 'Nas Quebradas'" (1979; telhas de fibrocimento, sarrafos de madeira, juta, náilon, tela de galinheiro, tijolos maciços, compensado, brita, plástico, lona vinil, pregos; 10m2; Coleção César e Cláudio Oiticica). Peça ficará no Centro Cultural Cartola, na Mangueira.

A Casa França-Brasil, por sua vez, abrigará os penetráveis “Éden” e “Gal”, ambos de 1969, PN27 "Rijanviera" (1979); o parangolé “Capa Feita no Corpo” (1968), e filmes. Haverá ainda documentação sobre as obras expostas na instituição. No dia da abertura, o artista David Medalla fará uma performance e haverá uma homenagem da Mangueira a Oiticica.

b "Parangolé P8 Capa 5 'Mangueira'" (1965; tecido e tela de náilon; 106 x 79,8 x 20 cm; Coleção César e Cláudio Oiticica; cópia de exibição)

"HÉLIO OITICICA - MUSEU É O MUNDO"

Quando: abertura dia 11/9 (15h, no Paço Imperial e ocupações na cidade, e 17h, na Casa França-Brasil, com performance de David Medalla e homenagem da Mangueira a Oiticica. Já “Mesa de Bilhar - Apropriação d’après O Café Noturno de Van Gogh”, na Central do Brasil, será inaugurada no dia 25/9). Até 21/11

Onde:

Paço Imperial (praça Quinze de Novembro, 48, Centro, Rio de Janeiro-RJ;  terça a domingo, das 12h às 18h. Inf.: 0/xx/21/2215 2622)

Casa França-Brasil (rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, Rio de Janeiro-RJ; terça a domingo, das 10h às 20h. Inf.: 0/xx/21/2332-5120)

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - Jardins (av. Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro-RJ.

Inf.: www.mamrio.org.br)

Quanto:

Grátis

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